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Fábrica de lã de vidro na Zona Sul vai parar produção após 70 anos em Santo Amaro e histórico de reclamação de moradores

Fumaça de fábrica na Zona Sul de SP. Reprodução/ TV Globo Após décadas de funcionamento e um histórico de reclamações de moradores, a Isover Saint Goba...

Fábrica de lã de vidro na Zona Sul vai parar produção após 70 anos em Santo Amaro e histórico de reclamação de moradores
Fábrica de lã de vidro na Zona Sul vai parar produção após 70 anos em Santo Amaro e histórico de reclamação de moradores (Foto: Reprodução)

Fumaça de fábrica na Zona Sul de SP. Reprodução/ TV Globo Após décadas de funcionamento e um histórico de reclamações de moradores, a Isover Saint Gobain anunciou que vai encerrar a produção de lã de vidro na unidade localizada em Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo. A decisão foi tomada após a assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público de São Paulo no dia 22 de dezembro de 2025. Segundo a empresa, o processo de encerramento da atividade fabril ocorrerá de forma gradual, entre janeiro e julho de 2026. A partir desse período, o local passará a funcionar apenas como centro de distribuição. Cerca de 100 funcionários atuam na fábrica com a produção de lã de vidro, que é usado, principalmente, como isolante térmico e acústico na construção civil. Em nota, a Isover afirmou que a decisão ocorreu após um longo processo de diálogo com a comunidade do entorno e com órgãos competentes e fiscalizadores. A empresa disse ainda que, mesmo com o fim da produção, a unidade seguirá operando para garantir o fornecimento de produtos à cadeia produtiva. Histórico de reclamações Moradores da região relataram enfrentar problemas para conseguir respirar por conta da fumaça da fábrica. Ainda segundo a vizinhança, as máquinas fazem barulho durante toda a madrugada, emitem fumaça e mal cheiro na região. O local tem uma chaminé que solta resíduos. "Não dá para respirar. Tivemos reuniões com a empresa e eles nos trataram com total descaso. Disseram que o odor era psicológico. Temos diversas pessoas doentes, vários relatos de gente adoecendo aqui. Tem formol nos resíduos, fenol, amônia, tudo isso constatado pela Cetesb ", contou a moradora Anabella Castro. Quem vive no bairro, alega ainda dificuldade para respirar, secura na pele e outros problemas de saúde. "É uma realidade difícil, um cheiro muito forte. Acabamos ficando preso nos apartamentos para evitar os transtornos", diz Ana Carolina Resende. Andréia Schunck, que sofre com problemas respiratórios, foi submetida a uma tomografia onde foi diagnosticada com um quadro anemológico por conta da inalação da fumaça. Em março de 2023, os moradores encaminharam uma petição para a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) pedindo que a empresa suspenda a fumaça. Após a petição, o Ministério Público de São Paulo entrou na história. A Cetesb emitiu três multas e duas advertências contra a empresa. Moradores reclamam de fumaça tóxica emitida por indústria em Santo Amaro

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